Agricultura inteligente impulsiona mercado e conecta cafés de qualidade no Brasil

O mercado global de agricultura inteligente foi avaliado em 22,9 mil milhões de dólares em 2024 e deverá atingir 60,9 mil milhões até 2034, crescendo a uma taxa anual de 10,8%.
Segundo a Global Market Insights Inc., este crescimento é impulsionado pelo aumento da procura alimentar, escassez de mão de obra e desafios climáticos.
A agricultura de precisão, que utiliza dados em tempo real e automação, está a ser adotada para otimizar recursos e reforçar a segurança alimentar global. Esta revolução tecnológica tem um impacto direto em setores específicos, como a cafeicultura.
A necessidade de maior produtividade e qualidade, perante as mudanças climáticas, alinha-se com iniciativas que valorizam a excelência do grão.
No Brasil, o concurso Coffee of the Year (COY) consolida-se como uma vitrine para os melhores cafés, premiando a qualidade e a diversidade de origens. A edição deste ano recebeu um recorde de 601 amostras de produtores de todo o país.
A conexão com a agricultura inteligente é clara: ferramentas como sensores remotos e monitorização em tempo real do solo permitem aos produtores aprimorar a qualidade sensorial dos grãos, um foco central do COY.
As amostras inscritas no concurso são avaliadas por profissionais licenciados, e as melhores são apresentadas a compradores nacionais e internacionais durante a Semana Internacional do Café.
Esta exposição direta é facilitada pela rastreabilidade e controle de qualidade que as tecnologias de agricultura de precisão ajudam a fornecer.
Enquanto o segmento de hardware agrícola, incluindo sensores e robótica, gerou 14,1 mil milhões de dólares em 2024, a produção agrícola representou 61% do mercado.
A sinergia entre tecnologia e qualidade é evidente no café, onde a precisão no cultivo resulta em cafés com perfis sensoriais distintos, doces ou frutados, que são depois reconhecidos e comercializados em eventos como o COY.
Esta convergência entre inovação tecnológica e valorização da qualidade posiciona a agricultura inteligente como um pilar fundamental para o futuro de cultivos como o café.










